Pensava nela a todo momento, para mim cada milésimo de segundo meu seria tomado por seu apetite e nada mais importaria, pois a cada minuto que por ela fosse devorado eu teria duas horas inteiras prontinhas para a saciar.
Foi então que minhas horas tomaram vida e a vida dela quiseram tomar, não a desejava mais, não a queria mais, meu tempo a havia devorado e tinha fome de carne nova, pois aquela estava gasta e a rotina havia retirado sua beleza.
Meu tempo e meu corpo pediam que jogasse fora a carniça do que um dia foi predador de pensamentos meus, apenas minha consciência via beleza ainda ali, mas não uma beleza pura e encantadora, uma beleza tomada com sentimento de pena e misericórdia. Minha consciência tinha dó de um cadáver. Com o tempo, que sabia manipular bem, a consciência se tornou vontade de migrar, joguei-a fora e parti em busca de um novo alimento.
5 Comments:
Você consegue fazer poesia sem fazer versos |:
Você está pelado num manicomio, deseja perder a consciencia como se fosse o Dr. Connors quando se transforma em um lagarto mas não consegue se livrar dela.
Porraaa caraaa.. crocodiloo!!
Alimento do lamento?
Sabe que eu não gostei nenhum pouco quando eu li... Na verdade, eu odiei. Fiquei com raiva...
Olhando agora, eu gosto. :)
Mas o mais legal é fazer as pessoas sentirem alguma coisa de fato, e não ficarem indiferentes. E isso, eu sempre quis fazer!
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