Sunday, July 01, 2007

Pensava nela a todo momento, para mim cada milésimo de segundo meu seria tomado por seu apetite e nada mais importaria, pois a cada minuto que por ela fosse devorado eu teria duas horas inteiras prontinhas para a saciar.
Foi então que minhas horas tomaram vida e a vida dela quiseram tomar, não a desejava mais, não a queria mais, meu tempo a havia devorado e tinha fome de carne nova, pois aquela estava gasta e a rotina havia retirado sua beleza.
Meu tempo e meu corpo pediam que jogasse fora a carniça do que um dia foi predador de pensamentos meus, apenas minha consciência via beleza ainda ali, mas não uma beleza pura e encantadora, uma beleza tomada com sentimento de pena e misericórdia. Minha consciência tinha dó de um cadáver. Com o tempo, que sabia manipular bem, a consciência se tornou vontade de migrar, joguei-a fora e parti em busca de um novo alimento.

5 Comments:

Blogger π said...

Você consegue fazer poesia sem fazer versos |:

1:31 PM  
Anonymous Anonymous said...

Você está pelado num manicomio, deseja perder a consciencia como se fosse o Dr. Connors quando se transforma em um lagarto mas não consegue se livrar dela.

1:42 PM  
Anonymous Anonymous said...

Porraaa caraaa.. crocodiloo!!

3:32 PM  
Blogger Unknown said...

Alimento do lamento?

10:44 AM  
Anonymous Anonymous said...

Sabe que eu não gostei nenhum pouco quando eu li... Na verdade, eu odiei. Fiquei com raiva...
Olhando agora, eu gosto. :)
Mas o mais legal é fazer as pessoas sentirem alguma coisa de fato, e não ficarem indiferentes. E isso, eu sempre quis fazer!

1:16 PM  

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